No dia 12 de dezembro de 2014, a doutoranda Thais Moya denunciou nas redes sociais, que sofreu assédio na pós-graduação por parte de seu professor e ex-orientador. Sua denúncia relata que foi agarrada e beijada sem o seu consentimento em duas ocasiões. Por resistir e não aceitar tal situação passou a ser perseguida, sendo retirada de projetos do núcleo de estudos que seu ex-orientador coordenava.
Sabemos que o caso da Thais não é o único, mas esperamos que seja o último. As denúncias de abuso sexual nas Universidades vêm crescendo, com diversos relatos de estudantes da USP, da Unifesp e agora a grave denúncia de Thais. Não podemos nos calar, nos omitir. O assédio sexual por parte de qualquer um é crime, e se torna ainda mais grave se é oriundo de uma relação de poder, tal qual orientador/orientanda. O caso Thais nos mostra mais uma vez que é urgente e necessário combater todo tipo de opressão, incluindo a de gênero, pois, o machismo está sim impregnado em nossas escolas, em nossas famílias e também nas estruturas do Estado. Ninguém tem o direito de tocar o corpo de ninguém sem o seu consentimento. Além do mais, sabemos ser o assédio moral uma outra forma de coerção e opressão, tanto no mundo do trabalho quanto no meio acadêmico. Trabalhadores e estudantes são cotidianamente pressionados ao extremo e muitas vezes humilhados e ridicularizados a fim de que produzam maiores e melhores resultados em tempos cada vez menores.
Dessa forma, a APG UFRGS solidariza-se com a doutoranda Thais Moya e com todos os pos-graduandos em luta na UFSCar. Que sejam atendidas todas as suas reivindicações.
Não nos calarão! Somos todos Thais! Somos todos Pós graduandos em luta!
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