quinta-feira, 9 de junho de 2016

CARTA ABERTA DO ENCONTRO UNIVERSITÁRIO


CARTA ABERTA DO ENCONTRO UNIVERSITÁRIO

O DCE, a APG, a ASSUFRGS e o ANDES-SN promoveram, junto a movimentos sociais e à comunidade, no dia 21 de maio, no auditório d
a Faculdade de Comunicação, o Encontro Universitário, no qual se debateu os temas do papel da educação e da universidade na sociedade, da autonomia e do financiamento, da democracia e das condições de trabalho e de estudo. Seguem as seguintes resoluções do Encontro:


Abertura do encontro universitário.
Autonomia e financiamento universitário

Universidade voltada para os interesses e necessidades públicos e populares;
Escolha de gestores por vias democráticas e paritárias;
Transparência das contas e das deliberações das câmaras e conselhos. Controle social, participação popular e direito ao acesso a informação;
Autonomia como prática;
Estrutura universitária que permita a autonomia;
Financiamento estatal com respeito à autonomia universitária;
Construção democrática do PDI, desde a sua concepção;
Autonomia para o exercício da atividade fim da universidade;
Interações acadêmicas que se reverta em ganhos para a universidade e para a sociedade;
Gratuidade do ensino em todas as modalidades de oferta.


Democracia na Universidade

Defesa da Democracia Universitária;
Paridade em consultas e órgãos colegiados para que a comunidade universitária possa debater, propor e encaminhar ações referentes aos interesses da sociedade;
Democratização do conhecimento produzido pela universidade como forma de ferramenta para a emancipação da população;
Combate ao assédio moral;
Criação de meios de participação para a comunidade universitária;
Apuração paritária da consulta das eleições para reitor de 2016, considerando apenas os votos válidos;
Combate ao discurso e práticas fascistas dentro e fora da universidade;
Construção de espaços de debate na universidade;
Aplicação da convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (negociação coletiva);
Eleição direta para Reitor;
Rompimento com a lógica estrutural e cultura antidemocrática presente não só nos conselhos, mas também nas relações de poder na universidade.


Condições de trabalho e estudo

Construção de políticas de condições de trabalho e estudo com tecnologias, práticas e regulações legais;
Saúde e segurança nos processos e no ambiente, respeitando normas e legislação;
Democracia na gestão do trabalho, nos modelos de gerenciamento, nas tomadas de decisão, no conjunto de regramentos.
Enfrentamento da insegurança nos campi da Universidade;
Respeito à auto-organização do trabalho dos técnicos e docentes, tendo em vista a diversidade de tarefas executadas na universidade;
Apoio à ampliação do atendimento. Universidade aberta nos três turnos!
Apoio à greve dos técnicos para revogar os sistema de login e assinatura da flexibilização;
Criação de fórum permanente paritário de combate ao assédio moral, a todas as formas de opressão e discriminação, e por melhorias na saúde e segurança do trabalhador;
Respeito aos direitos constitucionais dos trabalhadores, incluindo a sindicalização, greve e seguridade social;
Pelo reajuste imediato das bolsas na assistência estudantil pelos critérios dos regimentos de bolsas. Por bolsas sem contrapartida de trabalho, ao menos para os beneficiários da PRAE;
Repúdio à reformulação do PIBID. Que a universidade empreenda esforços práticos de valorização das licenciaturas;
Reavaliação dos critérios da assistência estudantil por deliberação paritária;
Ampliação de recursos e criação de novas modalidades para a assistência estudantil, tendo em vista as ações afirmativas;
Inclusão dos pós-graduandos e estudantes de educação básica nas políticas de assistência estudantil;
Condições de permanência a estudantes grávidas. Flexibilização dos mecanismos para poder conciliar os estudos com a maternidade;
Criação de uma política de combate ao assédio moral;
Garantia da expansão dos quadros de docentes e técnicos, viabilizando que as atividades de ensino, pesquisa e extensão sejam desenvolvidas em condições adequadas, sem sobrecarga de trabalho ou jornadas abusivas, e de modo a viabilizar a implementação de novos projetos acadêmicos, segundo as prioridades da comunidade universitária;
Garantir a segurança nos campi, com iluminação externa adequada e com ampliação da equipe interna (própria da UFRGS) de segurança através de concurso público;
Cobrança, por parte da Reitoria, de transporte público de qualidade com tabelas de horário adequadas às atividades acadêmicas e com exigência de que as empresas cumpram devidamente as frequências e horários previstos;
Respeito aos direitos trabalhistas de docentes e técnicos, com a efetivação das promoções e progressões nos prazos e interstícios correspondentes ao cumprimento dos requisitos, e com o pagamento dos valores retroativos à data de cumprimento dos requisitos;
Recuperação geral dos prédios e das salas de aula, com o atendimento às normas de saúde, segurança e ocupação e garantia de condições adequadas à realização das atividades acadêmicas;
Não a terceirização! Pela restauração dos cargos extintos;
Defesa dos trabalhadores terceirizados;


Porto Alegre, 21 de maio de 2016.




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